O JORNALISMO E A CONSTRUÇÃO DA CONTRA-HEGEMONIA: ANÁLISE DA REVISTA DO MST A PARTIR DOS CONCEITOS GRAMSCNIANOS DE JORNALISMO

Autores

  • Alexandre Barbosa Universidade Nove de Julho

Resumo

Resumo:

O jornalismo das classes subalternas tem a tarefa de adotar a América Latina Popular como categoria de seleção e construção das notícias. Porém, esse processo de construção e seleção, se seguir os mesmos critérios da indústria jornalística, não promove o que Gramsci chama de “jornalismo integral”, ou seja, aquele que auxilia no desenvolvimento da conscientização de uma classe. A indústria jornalística utiliza uma metodologia positivista – portanto burguesa – de narração dos fatos. Para se diferenciar desta modalidade de jornalismo, a imprensa alternativa precisa construir uma metodologia marxista de seleção e construção das notícias. Este artigo analisa uma edição de um veículo alternativo do Movimento dos Sem-Terra (MST) e o compara com os tipos de revista descritos por Gramsciem “Cadernos do Cárcere” como ponto de partida para a definição dessa metodologia da imprensa alternativa. O MST foi escolhido por ser um movimento que criou sua própria comunicação.

Palavras-chave: MST; jornalismo das classes populares; Gramsci.

Resumen:

El periodismo de las clases populares tiene la tarea de adoptar la América Latina Popular como uma categoria de selección y construcción de noticias. Sin embargo, si este proceso de construcción y selección, sigue a los mismos criterios dos de la industria periodística, no podrán estes vehículos a promuever loque Gramsci llama “periodismo integral”, que sea lo que ayude en el desarrollo de la conciencia de clase. La industria de la prensa utiliza una metodología positivista, portanto burguesa, de narración de los hechos. Para diferenciar este tipo de periodismo, a la prensa alternativa hay que construir una metodología marxista de la selección y construcción de la noticia. Este artículo examina una edición de un vehículo alternativo del Movimiento de Campesinos Sin Tierra (MST) y lo compara con el tipo de revista descrito por Gramsci en “Cadernos do Cárcere” como punto de partida de esta metodología para la definición de la prensa alternativa. El MST fue elegido porque es un movimiento que ha creado su propia comunicación.

Palabras clave: MST; periodismo de las clases populares; Gramsci.

Abstract:

The journalism of the popular classes has the task of adopting the Popular Latin American as a category selection and construction of news. However, this process of construction and selection criteria need to promote what Gramsci calls “integral journalism.” The newspaper industry uses a positivist methodology of narration of facts. To differentiate this type of journalism, alternative press needs to build a Marxist methodology of selection and construction of news. This article examines an issue of analternative vehicle of the Movimento dos Sem Terra (MST) and compares it with the kind of magazine describedby Gramsci in “Cadernos do Cárcere” as a starting point of this methodology for defining the alternative press. The MST was chosen because it is amovement that created its own communication.

Keywords: MST; journalism of the popular classes; Gramsci.

Biografia do Autor

Alexandre Barbosa, Universidade Nove de Julho

Doutorando em Ciências da Comunicação pela ECA-USP, mestre em Jornalismo pela ECA-USP, especialista em Jornalismo Internacional pela PUC-SP, bacharel em jornalismo pela UMESP. Atualmente é coordenador do curso de Jornalismo da Universidade Nove de Julho e editor do site sobre comunicação e cultura popular da América Latina www.latinoamericano.

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Publicado

21.02.2014

Como Citar

BARBOSA, A. O JORNALISMO E A CONSTRUÇÃO DA CONTRA-HEGEMONIA: ANÁLISE DA REVISTA DO MST A PARTIR DOS CONCEITOS GRAMSCNIANOS DE JORNALISMO. Revista Latinoamericana de Ciencias de la Comunicación, [S. l.], v. 9, n. 17, 2014. Disponível em: https://revista.pubalaic.org/index.php/alaic/article/view/102. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Comunicações Científicas / Comunicaciones Científicas