Mulheres Quilombolas e ausência de comunicação intercultural para o enfrentamento da Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.55738/alaic.v20i38.757Resumo
O debate sobre a adequação da comunicação às particularidades locais, gênero, classe, cultura
e território tem se intensificado durante a pandemia. Este artigo se insere nessa perspectiva,
objetiva compreender os hábitos de consumo de informação das mulheres da Comunidade
Quilombola Buieié (Viçosa, MG) em comparação com as estratégias de comunicação
adotadas pelo governo federal e mineiro para lidar com as especificidades das comunidades
tradicionais no enfrentamento ao novo coronavírus. Foram entrevistadas nesta pesquisa 25
mulheres entre 18 e 76 anos. O resultado aponta muitos desencontros entre as estratégias de
comunicação adotadas pelos governos e a realidade das sujeitas desta pesquisa. A comunicação
governamental tem sido focada nos meios digitais em relação à exclusão digital da maioria
das entrevistadas. As mulheres se informam pela televisão ou rádio, contudo há ausência de
campanhas veiculadas nesses meios. A perspectiva de gênero e intercultural para comunidades
quilombolas também têm sido negligenciadas pelas autoridades.
Palavra-chave: Comunidade quilombola; comunicação de riscos; comunicação intercultural; Covid -19
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